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sexta-feira, 25 de março de 2011

Líder defende prerrogativa do governo de mudar comando da Vale

O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), rebateu na quarta-feira (23) críticas da oposição a possíveis gestões do governo federal para operar mudanças no comando e na estratégia empresarial da Companhia Vale do Rio Doce. “Os cargos nas empresas não são vitalícios”, disse o líder. Ele lembrou que o governo Dilma não está sinalizando, como diz a oposição, nenhuma ação visando reestatizar a empresa, mas não vai abrir mão de exercer suas prerrogativas como sócio majoritário da companhia. Isso quer dizer cobrar da direção da empresa uma estratégia que gere mais empregos e renda no Pais.
Ele disse que o governo não pode omitir-se e deixar a economia funcionando com base nas teses neoliberais de que o mercado pode tudo. “Essa estratégia levou os Estados Unidos à maior crise desde 1929″, frisou o líder. O modelo neoliberal foi o adotado no governo FHC (1995-2002) , que levou o Brasil a “elevadíssimos índices de desemprego e a quatro crises”, disse Teixeira.
O líder criticou o PSDB e o DEM (ex-PFL) por quererem retirar do governo o dever de discutir a estratégia nas empresas que controla.  “A Oposição quer tirar do governo a avaliação dos gestores”. A União é acionista da Vale por meio do BNDES. Fundos de pensão de estatais também participam, além de investidores privados. ” O governo tem não apenas o direito, mas também o dever de discutir a estratégia da empresa, podendo avaliar quem deve controlá-la”.
MANTEGA – O líder defendeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dos ataques da oposição por supostamente estar nas articulações de mudanças na Vale. Paulo Teixeira desconhece a participação de Mantega nessas supostas tratativas, mas disse que, se o o fizer, será de forma legítima, na defesa do projeto nacional do governo do PT e aliados. “O povo brasileiro atribuiu à Presidenta Dilma Rousseff legitimidade para fazê-lo, e não será a oposição que vai retirar essa legitimidade”.
O petista observou que o atual presidente da Vale, Roger Agnelli, foi nomeado ainda no governo FHC, logo que a empresa foi privatizada , por apenas US$ 3 bilhões, em 1997. ” Causa espécie a oposição querer impedir que o acionista majoritário faça a avaliação de um gestor que está há 14 anos na empresa”.
Segundo o lider, quer-se uma estratégia industrial que a leve Vale a agregar valor no território nacional, em vez de apenas exportar matérias primas, como minério de ferro. ” O Pará, de onde se retira muito mineral, deseja que a Vale agregue valor ao minério no e, como o Maranhão. A Vale não pode ser mera exportadora de minerais,”. Desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva há gestões para mudança na estratégia da empresa.
Para ajudar a combater a crise mundial iniciada em 2008, foi pedido que a Vale agisse como a Petrobras e outras empresas nacionais: que investisse no País para ajudar a atravessar a crise. ” Ela tem acionistas privados, mas o Governo discute a estratégia da empresa e tem o direito de discutir estratégias dos setores privados para impedir a falência de empresas e recomendar a agregação de valores, fortalecendo o parque industrial nacional e as indústrias brasileiras
O líder rebateu também as acusações da oposição de que o governo Lula ,e agora o de Dilma, são gastadores. O governo FHC deixou o pais, lembrou o líder, com uma dívida pública da ordem de 60% do Produto Interno Bruto; o índice caiu para 37,8%. O Brasil do PSDB tinha uma reserva cambial de apenas US$ 20 bilhões, e, hoje, tem mais de US$ 300 bilhões. ” Portanto, gastadores não são os Governos Lula-Dilma, são os Governos anteriores”, comentou Paulo Teixeira.
(Da Liderança do PT)

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