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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Líder pede ações contra violência no trânsito e uso abusivo de álcool

O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), pediu nesta terça-feira  (12/4) ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o engajamento do governo para enfrentar duas das principais causas de mortes no País – a violência no trânsito e o uso abusivo de álcool.
Para o líder, o governo precisa promover uma campanha intensiva de educação e prevenção a acidentes de trânsito, pois milhares de pessoas estão morrendo todos os anos nas ruas e estradas do País.
Ele lembrou que os acidentes são provocados também pelo uso abusivo do álcool, cujo consumo é estimulado por campanhas publicitárias em todos os veículos de comunicação, sem nenhuma restrição. “O Brasil é muito liberal com a publicidade e o consumo de álcool, precisamos tomar medidas enérgicas contra as bebidas alcoólicas, como fizemos com o cigarro”, disse Paulo Teixeira.
O líder lamentou que o lobby das fábricas de bebidas alcoólicas seja tão forte no País, a ponto de dificultar a tramitação de projetos, no Congresso, que restrinjam a publicidade de cerveja e outras bebidas que geram dependência química e têm ligação direta com a violência no trânsito.
As ponderações do líder foram feitas durante jantar oferecido ao ministro Padilha pelas bancadas do PT na Câmara e no Senado, na noite de terça-feira (12/04), com o objetivo de tratar das ações do ministério da Saúde e dos projetos de interesse da pasta que tramitam no Congresso.
O líder do PT observou que, além do equacionamento da questão do financiamento da saúde no Brasil, é preciso também estabelecer uma política que dê um estímulo ao trabalho dos médicos nas regiões mais remotas do Brasil. Uma saída seria incluir estágio nessas regiões como parte da formação do médico.
Paulo Teixeira, bem como o líder do PT no senado, Humberto Costa (PE) destacaram a importância de ouvir do ministro da Saúde os desafios que devem ser enfrentados para manter o Sistema Único de Saúde (SUS), não apenas do ponto de vista do financiamento mas com a assimilação de um modelo de atendimento que acompanhe o crescimento da população.
Humberto Costa, ex-ministro da Saúde no primeiro mandato do ex-presidente Lula, lamentou a ocorrência de uma explosão de acidentes no trânsito envolvendo mototaxistas. E também defendeu a necessidade de um modelo que atraia médicos para o interior do País, além de uma lei de responsabilidade sanitária , nos moldes de Lei de Responsabilidade Fiscal, para que haja condições de cobrar bom desempenho dos gestores de saúde, municipais e estaduais.
O ministro Padilha observou que está em curso a reestruturação das duas portas de entrada do SUS, ou seja, as áreas de urgência e emergência e a de atenção primária. A área de urgência e emergência tem sido chamada cada vez mais a prestar atendimento de acidentes, principalmente os de trânsito, enquanto que, na área de atenção primária, o fluxo tem aumento em razão do envelhecimento da população.
Durante o jantar , o ministro Alexandre Padilha afirmou que o Brasil não será um país rico e sem pobreza se não pensar estrategicamente a saúde pública. Segundo ele, os investimentos em saúde produzem efeitos positivos em outras áreas, tanto é que a instalação de uma unidade de atendimento em determinado município atrai outros serviços relacionados, daí o setor contribuir com 8,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
(Da Liderança do PT)

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